quinta-feira, 28 de abril de 2011

Memórias: Charlotte




Como os anos passam rápido.

Em meados de 2007, eu vibrei ao entrar no Orkut e me deparar com o anúncio do J-Rock Rio. Quem eram Charlotte, AREA 51 e Hime Ichigo? Não importava. Era o primeiro show de visual kei no Brasil.

Era a época de passar madrugadas pelo Soulseek negociando músicas daquela banda que ninguém nunca ouviu falar. Quando discussões monstros eram criadas na hoje combalida J-Rock ~ Visual Kei só para decidir se as bandas brasileiras influenciadas pelo som nipônico eram j-rock ou não.

Foram muitas turbulências até o show. Só a menção do nome Fabrício Chara é capaz de causar arrepios nos mais exotéricos.

Rodas punk, ingressos que não eram postos a venda, casa de show que não sabia da existência do evento, cancelamento não avisado a banda. Até outra figura bem conhecida surgiu nessa época: Rafael Genko.

O que aconteceu depois todo mundo lembra. AREA 51 e Hime Ichigo ficaram pelo caminho, o JaME se uniu a Yamato para trazer o Charlotte ao Brasil, DVDs da vinda foram lançados e virou até matéria de revista japonesa.

Por algum motivo inexplicável, a banda tirou o pé do acelerador. Lançaram um CD e outro, mas sempre apagados de mais para um grupo de gravadora major. Tem gente que nem faz ideia que os caras não eram indies, tamanho sumiço deles.

De fato, a banda chegou a voltar ao Brasil na enrascada chamada TOSHI with T-EARTH. A trapalhada foi vendida pela Yamato como TOSHI acompanhado por um time estelar que contava com membros do quilate do JUN (ex-Phantasmagoria) e Shinya (ex-LUNA SEA).

Dias antes do show, o Departamento de Marketing e Comunicação da Yamato solta uma nota informando que o Charlotte seria a banda de apoio do eterno vocalista do X JAPAN. O caso de amor surgido na vinda anterior virou um misto de chacota e revolta.

Caso de amor mesmo. À primeira vista e desenfreado. Um público pagante de mais de 600 pessoas indo para um bairro inóspito na Zona Norte carioca sem conhecer muito mais que uma música? É tudo o que o Rafael Genko sempre quis.

O som era ruim, o lugar não era próprio para um show e o público aguentou um longo atraso enorme para ainda ver duas bandas de abertura.

Já o Charlotte, assim que subiu no palco, se consagrou trocando os refrões em grito de guerra juvenil de “DIAMOND Busaiku” para “DIAMOND BURAJIRU” (Brasil na pronúncia japonesa).





Eles poderiam fazer qualquer coisa depois disso. Aqueles quatro primeiros minutos foram um momento de catarse coletiva tão intensa que provavelmente todas as pessoas que estiveram lá só lembram-se disso.

Os shows do Charlotte no país foram o ponto inicial de um período romântico que durou até um pouco depois da vinda do MIYAVI. Então, os pequenos grupos viram-se impotentes frentes a uma bola de neve de erros e prejuízos ou simplesmente perderam o interesse em música japonesa.

Sabe-se lá onde foram parar a equipe do JaME Brasil e o ambicioso projeto Aurora, o trapalhão Rafael Genko e seus anúncios semanais de atrações ou mesmo Hick Duarte que tanto divulgava matérias, programas e promoções da Rádio Blast! no Orkut.

Acometido por uma doença súbita no último dia 5, Kazuno, o simpático e jovem vocalista do Charlotte, faleceu. Como o próprio Charlotte, a cena musical japonesa no Brasil foi sumindo aos poucos. Hoje, por uma série de atitudes e decisões idiotas, morre, com uma simples notícia que ninguém da a mínima:

Charlotte (しゃるろっと)



Vocal: Kazuno (→Luclia→Ludia le Moise→Fairy-la-veil→Charlotte)

Guitarra: Touya (→phylia→Charlotte→TOSHI with T-EARTH)

Guitarra: Mitsujö (→Deone→Charlotte→OPA ROCKERS→TOSHI with T-EARTH)

Baixo: Ruka (→Charlotte→TOSHI with T-EARTH)

Bateria: Takane (→Noah die welt→Clair de Lune→Charlotte→TOSHI with T-EARTH)

Essencial:

- Yokohama LOVE STORY/DIAMOND Busaiku: O single sintetiza com eficiência todo o som da banda: o flerte pop em uma balada e um agitado hino oshare kei. “DIAMOND Busaiku” virou hit da banda entre os fãs brasileiros.

- Sharudenashi BLUES: Se não tinham o poder de fogo dos colegas do Hime Ichigo, o Charlotte sabia usar bem toda a malícia gerada por refrães que colam mais que chiclete em sola de Havaianas. Resultado natural dos lançamentos anteriores, Sharudenashi BLUES é o ponto alto da discografia da banda.

- Brasil Live Documentary - Buraban/Jiruban: Os DVDs são documentários da passagem da banda pelo Rio de Janeiro e São Paulo. Por mais que a filmagem dos shows não tenha boa qualidade, vale para acompanhar a reação dos caras ao desvendar pontos turísticos das cidades. Alguns até encontrarão um ou outro figurão do cenário.

Fotos: JaME Brasil, NERVE

Fonte: RádioBlast

Data da Notícia: 20/04/2011


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Show do X JAPAN na América Latina



YOSHIKI, baterista do X JAPAN, anunciou, através de seu Twitter oficial, as datas da turnê sul-americana da banda. Os shows acontecem nas seguintes datas e locais:

Santiago, Chile: 09 de setembro – Teatro Caupolican
São Paulo, Brasil: 11 de setembro – HSBC Brasil
Buenos Aires, Argentina: 14 de setembro – El Teatro
Lima, Peru: 16 de setembro – Scencia
Cidade do México, México: 18 de setembro – Circo Volador

Informações sobre os ingressos devem ser divulgadas em breve.
Fonte: Twiter Yoshiki
Fonte Secundária: Jame World

aaaaaaaaah! Gostomuito de X-Japan, essa não vou perder *-*

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